terça-feira, 17 de maio de 2011

Andando na chuva



A ansiedade tomava conta de seu coraçãozinho. Precisava saber se o que sentia era real ou só mais uma fantasia. Será que estaria louca ou os homens gostam de brincar de conquista sem nenhuma intenção de amar?

Naquela noite sabia que o encontraria, era o local comum, aonde não precisava de acaso para eles se encontrarem. Fazia alguns dias que ele não dava notícias, talvez porque estivesse ocupado ou não a levasse a sério, mas não é fácil distinguir mesmo que essas dúvidas a acompanhassem.

Ela estava entre amigos quando ele se aproximou, seu coração acelerou, tentou disfarçar, mas só queria ouvir seu nome. Ele cumprimentou a todos com um oi e perguntou se ela estava bem. Sem reação ela só pode responder que sim. Ele se afastou e não demonstrou muito interesse.

Nesse momento ela não teve como segurar, despediu-se de todos e foi embora sozinha. Era uma noite chuvosa, mas sinceramente ela nem percebeu. Foi andando de baixo de chuva segurando o choro e aguardando ouvir sua voz. Ela só queria ouvir seu nome, saber que era única.

De repente ela ouve alguém chamar, por alguns instantes as gotas pareciam cair em lentidão, tudo em sua volta fez silêncio e ela olhou para trás com um sorriso no canto dos lábios. Não era ele, sua cena de cinema era só um conhecido avisando que tinha deixado sua bolsa na mesa. 

Ela se foi e ele ficou. Ela foi obrigada a ouvir que ele não a merecia, ele não foi obrigado a dizer nada. Ela perdeu as esperanças e ele ganhou mais uma amiga. Ela ficou decepcionada e ele achou tudo muito especial.

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