quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Em breve nos cinemas



Conheci o Pedro e me encantei. Ele é novinho, mas achei que ele poderia ser o príncipe do Conto de Nada. Bonito, simpático, papo interessante. Porém, o tempo passou e o Pedro mostrou que não sabia se queria ser o mocinho ou o playboy nessa história. Melhor não dar muita audiência, crise de estrelismo é duro de aturar.
Depois eu encontrei o Pedro, esse tem cara de protagonista de comédia romântica. Não tem tipo de galã, mas tem um sorrisão e uma simpatia que encantam qualquer mocinha. Eu só não percebi que a atriz coadjuvante tinha roubado a cena e estava levando o troféu. Que pena, não sou adepta a gêneros violentos! Continuarei a minha busca...
Até que um dia, graças à internet eu vi o perfil do Pedro. Esse tem tudo para ser o galã charmoso de um filme de ação que o bonequinho aplaude de pé. Aquele olhar misterioso, um sorriso tímido e espírito aventureiro. Pré-requisito não falta para escalá-lo para o filme. Só que filme de ação que se preze tem que rolar um suspense e nesse não seria diferente. O ator está a alguns quilômetros de distância, só volta daqui alguns meses, ainda não houve o primeiro contato e nem sabemos se ele aceitaria ser a estrela dessa história. Teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Felicidade é poder sonhar com esse filme, viver cada cena, experimentar cada figurino, visitar muitos cenários, congelar aquele beijo apaixonado e experimentar essa história de amor. O difícil é acordar com gostinho de quero mais e ter coragem de enfrentar a vida sem os Pedros.
Ai, se não fossem os Pedros da nossa vida, a realidade seria tão sem graça.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cheio de charme


Dia de festa é sempre uma expectativa. Todo mundo espera conhecer gente nova, se divertir ao máximo, tirar as melhores fotos para postar no Face, mas nem sempre a realidade é assim tão novelística.
Essa festa estava bem normal, eu com as minhas amigas conversando, analisando quem chegava e na expectativa da animação começar. Foi aí que entrou um grupo de amigos. Minha melhor amiga estava distante de mim, mas a distância exata de entender meu olhar. Talvez eu não seja tão discreta assim.
No meio do grupo eu avistei um moreno lindo com uma camisa rosa no tom certo. No meio da multidão eu não fazia idéia se ele tinha me visto também, mas ele era charmoso demais.
Não consegui me aproximar dele naquela noite. Era um grupo novo, eu não conhecia ninguém. Eles estavam conversando com outras pessoas. Eu fiquei só na vontade. A festa incrível não tinha sido tão incrível assim.
Durante a semana a vida segue, lá vamos nós pegar o busão para trabalhar. E foi na volta de mais um dia de trabalho que meu celular tocou. Um número desconhecido geralmente é engano ou cobrança, mas dessa vez, só dessa vez era uma voz grossa perguntando por mim. Por instantes eu não sabia se ficava com medo ou feliz, mas com certeza eu estava curiosa para saber quem era essa pessoa.
-Oi! Você sabe quem está falando?
(Não, né? E mesmo que soubesse jamais daria o gostinho de dizer o nome errado. )
Pois é, se eu contar ninguém acredita era o menino moreno- lindo-charmoso que eu vi naquela festa. Sim, ele me viu e conseguiu meu telefone só para me conhecer. Eu também não acredito até hoje que aconteçam coisas assim, mas aconteceu. Ficamos horas conversando no celular, já que o trânsito estava péssimo. Enfim, ele pediu para me encontrar para nos conhecermos pessoalmente, marcamos no shopping ao lado do meu trabalho.
Como em um filme de sessão da tarde marcamos no chafariz, como já tínhamos nos visto seria fácil reconhecer. Eu cheguei, mas ele não. Fiquei lá parada achando que tinha levado o maior bolo da história, até que ele chegou com um sorrisinho no canto dos lábios, uma bermudinha xadrez e uma cara de menino feliz. Eu acho que já me apaixonei nos três segundos dessa análise.
No início do papo, foi tudo meio desencontrado. Ninguém sabia o que falar, para onde olhar, mas a sintonia era visível. Foram horas de papo, contando a vida, os amigos em comum, como ele chegou ao meu telefone, tudo muito lindo. Então, chegou o momento de comermos alguma coisa, afinal eu tinha trabalhado o dia inteiro e estava morrendo de fome.
Eu imaginava um restaurante legal, mas ele sugeriu um hambúrguer. Ok, lá vamos nós.
Quando chegamos à fila da lanchonete, eu ainda sem saber se ele iria se oferecer para pagar a conta, fiquei na defensiva, vendo como ele se comportava.  Foi aí que ele me perguntou qual hambúrguer eu queria, eu sem hesitar respondi e ele pediu a atendente. Porém, ele pediu só 1. Eu também me perguntei por que só 1. Ele não comeria? Que estranho. Foi aí que ele foi até a fila ao lado pegou a bandeja e disse que sentaria. Nesse instante eu estava paralisada, atrapalhando a fila e sem falar uma palavra. Como um cara que consegue meu telefone e marca um encontro dizendo estar encantado pode pedir um hambúrguer e me deixar ali? Estava muito bom para ser verdade, o lindo-moreno-charmoso-cheio-de-atitude era muquirana.
Naquele momento o encanto já tinha se quebrado. Eu já não sabia o que pensar. Então fomos embora, ele ofereceu me levar de carro. Achei que no final da carona, pelo menos rolaria um beijo de despedida, sinceramente, acho que ele também esperava. Então quando chegamos ao portão da minha casa quem estava lá bem na frente lavando o carro? Meu pai. Logo ele que nunca chega cedo em casa, naquele dia chegou. O menino de moreno ficou branco, disse que voltaria dali a algumas semanas de uma viagem de trabalho que já havia comentado durante a noite. Prometeu ligar para nos encontrarmos e depois de alguns meses eu entendi que ele deve ter morrido na guerra ou se perdido na mata, acho que deveríamos fazer um memorial em frente ao chafariz com um lindo hambúrguer para eu nunca esquecer desse momento.